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Com osEnawenê-nawê
Evangelhoinculturado
Como missionário, foi tão longe quanto pode no trabalho de inculturação guiado pela Igreja

Pouco a pouco, foi se tornando como um dos indígenas da aldeia. Participava de seus rituais, da pesca, dos trabalhos de plantio, da coleta de mel, frutas e tubérculos, fez cestas, artesanato e utensílios próprios. Dedicou-se a aprender sua língua. Escreveu um diário de grande valor antropológico com mais de três mil páginas.

A cerca de 60 km da aldeia Enawenê-nawê, Vicente Cañas construiu uma cabana às margens do rio Juruena. Ali, permanecia, para fazer os seus “retiros”, ouvir música clássica e comunicar-se com o mundo exterior por meio de um rádio-amador. Também fazia suas quarentenas para não levar doenças à aldeia. Deixava suas roupas brancas e vestia-se-desvestia-se de indígena para depois subir o rio Juruena, por cerca de seis horas de barco, e chegar à aldeia de seus irmãos Enawenê-nawê. De 1982 até o seu martírio, em 1987, Kiwxi ficou morando com eles.

A vida e a morte de Vicente Cañas nos ensinam sobretudo a vontade sincera de inculturar o Evangelho nos diferentes povos; sem etnocentrismos, com total despojamento, na monótona vida diária, arriscando e doando a própria vida, confiando na força maior do testemunho.

Dom Pedro Casaldáliga (*1928 +2020)

1966Tudo se inicia...
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