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Vida emissão
Recordarsempre
A memória do irmão Vicente Cañas, SJ deve ser, constantemente, reavivada para que as futuras gerações tenham contato com o seu legado missionário e profético

As posturas proféticas dos jesuítas questionavam duramente as frentes de colonização, que viam os indígenas como empecilhos para a implantação de seringais, das madeireiras, das fazendas, dos garimpos… E o missionário espanhol se tornou um alvo fácil dessas pessoas incomodadas por seu apostolado junto aos indígenas. Ele mesmo chegou a comentar com seus companheiros: “Não estranhem se um dia vocês me encontrarem morto”.

Após passar desaparecido por cerca de 40 dias, o corpo do irmão Vicente foi encontrado mumificado fora da cabana construída por ele às margens do Juruena. Milagrosamente, os animais não devoraram o seu corpo. Cañas foi enterrado ali mesmo, junto à cabana e no meio da floresta, dentro da terra indígena de seus irmãos Enawenê-nawê, que, graças ao seu sangue derramado, finalmente conseguiram a sua demarcação.

O primeiro júri que julgou os acusados do assassinato de Vicente Cañas ocorreu em 2006 e os réus foram inocentados por 6 votos a 1. O segundo júri encerrado no dia 29 de novembro de 2017 julgou o delegado de polícia aposentado Ronaldo Antônio Osmar, único acusado que ainda estava vivo à epoca. Ronaldo Osmar, acusado de agenciar a morte de Vicente Canãs em abril de 1987 foi condenado pelo tribunal do júri a 14 anos e 3 meses de reclusão em regime inicial fechado.

A advogada Michael Nolan e o advogado Paulo Machado Guimarães, que atuaram nos dois julgamentos, abraçam Thomaz Libôa (Jaúka), “melhor amigo de Vicente” (Fonte: CIMI).

Foto: A advogada Michael Nolan e o advogado Paulo Machado Guimarães, que atuaram nos dois julgamentos, abraçam Thomaz Libôa (Jaúka), “melhor amigo de Vicente” (Fonte: CIMI).

Com osEnawenê-nawê
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